sexta-feira, 29 de julho de 2011

É o Bicho! com Eveline

Fazia tempo que eu queria incluir um espaço no blog para convidar pessoas a escreverem sobre suas experiências com animais e para debater idéias que possam modificar o triste cenário que temos na nossa relação com os bichos. E foi assim que surgiu a seção "É o Bicho!", hoje na sua primeira edição. 
A nossa convidada é a Eveline Vieira da Cunha, bióloga e estudante de medicina veterinária e uma das muitas pessoas fantásticas que conheci a partir da busca por ajuda aos bichos da Lúcia.
A Eveline participa de um grupo que recolhe animais abandonados nas ruas em situações de risco e procura colocá-los em segurança da melhor maneira possível em lares temporários, até que possam ser adotados. O que chama a atenção no trabalho que a Eveline e suas amigas realizam é a convicção de que abrigos não são a solução e o que realmente precisa ser modificado é a educação e a conscientização das pessoas quanto à posse responsável. Ela também mantém o blog "Projeto Inclusão Animal". Com a palavra, Eveline:

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“Você acha que já está na hora de incluir a educação da posse responsável no projeto pedagógico?”

Os animais sempre foram utilizados na vida do homem, seja como forma de alimentação, para trabalhos pesados, para carregar cargas ou como meio de transporte ou companhia. Com esse convívio, algumas espécies que antes viviam soltas, livres pela natureza, passaram a ser domesticadas, o que implica que animais como o cão e o gato dependam agora exclusivamente dos cuidados do homem.

Já esta na hora de incluir no projeto pedagógico, o convívio, a criação e  o manejo de animais domésticos pelos alunos (cãozinho ou gatinho, ou ambos) no cotidiano das escolas durante os anos escolares a fim de proporcionar uma nova dinâmica de ensinar a criança a sensibilizar-se com outros seres vivos em seu meio, na questão da posse responsável, na questão do abandono e do desenvolvimento de uma vida emocional sadia.

Tal pai tal filho.

Esta é a única forma de proporcionar esta experiência principalmente às crianças que vêm de lares cujas famílias acreditam que ser alheias à questão dos animais abandonados é uma opção e acreditam que esse problema social é um problema apenas das prefeituras e da classe protetora! 

O convívio em si já ensina muita coisa e a educação não se resume a aprender a ler e escrever. Hoje em dia, tão importante quanto estas habilidades, é a conscientização das necessidades do meio social e ambiental para que cada vez mais o ser humano seja parte da solução e não parte do problema.

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